terça-feira, 28 de agosto de 2018


As vezes respiro fundo, como se faltasse o ar,
A água não mata a sede, parece mesmo é afogar,
A comida não sacia, nem chega a alimentar,
A tristeza está enraizada, daquelas que nada pode alegrar,
Falta você do meu lado, preciso sentir teu cheiro,
Aquele que me embriaga, como no dia primeiro,

Nem mesmo sei pra onde ir sem segurar tua mão,
Olho pra cima buscando algo, mas é sempre em vão,
O que preciso contigo, onde tenho que estar é no teu coração,
O perdão é um detalhe, serve até clemência, compaixão,
A demência me visita, já não posso enxergar nem sentir,
O que sinto é o sangue, percalço da cicatriz que a vida fez,
No meu coração, marcado, está o teu rosto em um entalhe,
Desenho perfeito, detalhe, que mesmo invisível se nota,
Mas tal qual a saudade que dói, aperta, violenta e seduz,
Mas não te traz de volta.