As vezes respiro
fundo, como se faltasse o ar,
A água não
mata a sede, parece mesmo é afogar,
A comida não
sacia, nem chega a alimentar,
A tristeza está
enraizada, daquelas que nada pode alegrar,
Falta você do
meu lado, preciso sentir teu cheiro,
Aquele que
me embriaga, como no dia primeiro,
Nem mesmo
sei pra onde ir sem segurar tua mão,
Olho pra
cima buscando algo, mas é sempre em vão,
O que
preciso tá contigo, onde tenho que
estar é no teu coração,
O perdão é
um detalhe, serve até clemência, compaixão,
A demência me
visita, já não posso enxergar nem sentir,
O que sinto é o sangue, percalço da cicatriz que a vida fez,
No meu coração,
marcado, está o teu rosto em um entalhe,
Desenho perfeito,
detalhe, que mesmo invisível se nota,
Mas tal qual
a saudade que dói, aperta, violenta e seduz,
Mas não te
traz de volta.