terça-feira, 25 de maio de 2010

O Samba terminou

O samba terminou, é o fim do nosso amor,
Acabou a felicidade, iniciou-se a tristeza,
E com ela a dor e a aspereza da cidade,
Você levou sua beleza e deixou a saudade,
Levou seu calor, e pra mim nada deixou,
Você foi quem meu coração mais amou,
Destruiu meu jardim, sepultando o amor,
Ressuscitando assim, a tristeza e a saudade.
Não há orgulho, força ou coragem que faça desistir,
Quem o coração desesperado só pede para amar,
É triste, mas não existe nenhum outro caminho para ir,
É só sofrer, no mar de saudade padecer, no inferno cair.

Amor de verdade

Você é meu corpo, meu frio e meu calor,
Você é minha alma, o que eu conheço de beleza,
Minha rainha, minha plebéia e minha alteza,
Você é minha calma, e também minha aflição,
Minha historia, minha salvação e minha perdição,
É tudo que eu preciso e tudo que eu não quero,
É por quem eu choro, e por quem eu desespero,
E é seu também o meu sorriso mais sincero,
A minha maior decadência, e minha prosperidade,
Tu és Minha flor mais bela e mais amada,
Você é tudo e nada, companhia e saudade,
Tristeza e felicidade, meu amor de verdade.

Parnasiano como há tempos...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Para você

Já não há o que esconder,
É o nosso jeito de ser, e de fazer.
Disfarçar em nada adiantará,
Toques, gestos, emoções, ações...
As reações são imediatas, dilatações e sensações,
Líquidos e sons, tremores e amores a mil,
Corações a contento, um olhar atento,
Um prazer que vem de dentro,
Que esmaga todo o resto,
Somos um só corpo, é quase um incesto.
Você parece uma criança,
Mesmo não sendo nada mansa,
Com esse jeito que nunca descansa,
E esse sorriso que me desmonta,
Esse beijo que te deixa quase tonta,
É só seu, e você inteira, só minha.

Quase Espiritual

Duas almas irmãs, com corpos de mentes pagãs,
O sacro e o profano viram um só,
A saudade e a tristeza antes dominavam,
Agora não passam de pó, teu abraço milagroso,
Esse beijo gostoso, que só você sabe dar,
É teu também esse jeito ímpar de amar,
Esse que há tempos me faz lembrar,
E que agora não passam de lembranças,
Tantas que não me deixam esquecer,
Antes eram só prazer, agora fazem sofrer,
Provar do céu, observar o paraíso, só consigo com você,
Com outra mortal nem tento, só com você esse alento
Não foste à primeira, mas é a mais importante,
Só você me tira essa tristeza do semblante,
Só você me faz ser menos infante,
Mais homem, mais humano, mais mortal.
Só por você tenho esse amor quase espiritual.

Poesia em Prosa

Condeno-me a admirar para todo sempre a beleza do seu olhar,
Assim quem sabe esquecer a loucura, a solidão, a lucidez e a multidão,
Condenado, vejo que qualquer palavra, qualquer som não passa de nada,
Teu corpo é o meu lugar, me perco sem querer me achar nessa estrada,
Esse cheiro de vida que você exala é perfume que quero sentir cada dia,
Abismado com tamanha beleza eu toco sua face para ter certeza que é real,
Tua cor, a cor que com certeza o pecado traz em sua face, e nele me desfaço,
E o que faço, é para que sejas minha, só minha, estrela sem divisões,
Juntar nossos corações fazê-los um só, nossos corpos também, assim renasço,
O destino pregando peças, fazendo ver quem antes era quase invisível.
Era tudo tão distante, mesmo estando ali do lado, era tudo tão incrível.

Inutilmente

Eu quero te esquecer,
Mas é só fechar os olhos eu vejo você,
Quase posso te tocar, é muito real,
Esse sentimento não pode ser normal,
Sonetos parnasianos, sambas sem tom,
Tudo me lembra você, nada faz esquecer,
Não era pra ser assim, era pra ter sido o fim,
Já que você saiu dizendo adeus,
Já que nem seus sonhos parecem com os meus,
Que meus passos não acompanham os teus,
Para você voltar, inutilmente já pedi até a Deus.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

O amor é feio.

O amor é triste, e inconstante,
Ele é maquiavélico e inebriante,
É uma droga, a mais torturante,
Dá uma falsa sensação de paraíso,
Para quando você menos esperar,
O fundo do inferno te apresentar,
No mar da saudade te lançar e afogar,

Uma vez acometido por esse desprezível mal,
Não adianta ser dos homens o mais racional,
Qualquer racionalidade é por ele suplantada,
Toda a razão é facilmente dilacerada,
Qualquer orgulho passa a ser inexistente,
O sol claro fica mais escuro que o anoitecer,
Por mais que tente, é impossível esquecer.

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Sem Titulo

Observo-te de longe, como quem vê uma obra de arte,
Uma das mais caras, daquelas que nunca poderei ter,
Contemplo seu rosto maravilhado, quase com devoção,
Olhar-te é a única coisa que me acalma o coração,
Meus olhos cada vez mais maravilhados, só admiram,
O que minhas mãos sonham em um dia acariciar,
Mas você se vai, e sem querer caio novamente na solidão,
Os dias são mais longos, nada me faz esquecer.
Nada alivia a dor, não tenho minha inspiração,
Não tenho aquela flor que trazia beleza ao meu jardim,
Assim só o que me resta é a tristeza, sua partida foi o fim.

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Canto sem Som.

O meu canto é um canto sem som,
A música é um barulho sem tom,
O jardim é um espaço sem nenhuma flor,
Minha cama é onde está sepultado o amor,
Não há mais dor mortal que me surpreenda,
Minha alegria agora não passa de lenda,
Um delírio, uma utopia quase sem razão,
A lua perdeu o brilho, nada incendeia o coração,
O sol não tem calor, só o velho frio quase mortal,
Aquele fervor, só sinto com teu beijo, é natural,
Sem você, minha vida não passa de um vazio letal.

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Poesia sem titulo.

Falta alguém aqui do meu lado,
Libertando-me da dor da saudade,
Organizando meu mundo confuso,
Retirando da minha vida toda a amargura

Aquela que meu sono ainda tira.
Inunda meu mundo de carinho,
Nada é tão grande, tão sincero,
Diante da imensidão desse amor,
Até o universo vira um simples grão,

Tortura é viver sem você, sem teu abraço,
Enfim, sem você do meu lado me chamando de amor.

Até quando a vida desse jeito será incompleta?
Meu coração ainda anseia por você,
O fim da tristeza anda em conjunto com a sua volta.

Segredinho.

Alquimia de um abraço

Já não consigo fingir,
Não sei aonde nem como ir,
Já não consigo fugir,
Eu nem tento, cansei de lutar,
Mas não, não me arrependo de te amar,
Longe de você a saudade é um torpor,
A dor tem mais força que o amor,
Ai você chega com esse perfume de flor,
O amor tem mais força que a dor,
Vejo novamente o jardim encantado,
A cura do meu peito dilacerado,
O alívio da incomensurável calor,
O seu abraço tem a certa alquimia,
Esta, de transformar lágrimas em sorrisos,
De corrigir meu passos imprecisos,
Estancar o sangue já minguante,
Fazer uma vida inteira valer menos que um instante.

“...E o coração de quem ama, fica faltando um pedaço, que nem a lua minguante”