terça-feira, 30 de agosto de 2011

Diamante

O mundo anda descompassado, o tempo passa sem vontade de passar,
A vida está sem sabor, nem o sol tem mais calor, não sinto nem mesmo dor,
Dor de amor, dor de saudade, já sofri tanto que nem consigo mais chorar,
Nem torpor nem ansiedade, a terra secou onde um dia nasceu aquela flor,
Meu coração de tristeza incrustado, antes batia desesperado querendo te amar,
Meus olhos ainda vermelhos e molhados das lagrimas que você fez rolar,
Só eles foram testemunhas das lástimas que por você tive que agüentar,
Ao menos a tristeza que sinto é sincera, testemunha austera da sua partida,
Minha vida, minha existência esquecida, antes enriquecida pelo teu sorriso,
Teu amor, teu beijo, teu abraço, teu mormaço, és tudo isso que preciso,
Volta um só instante, quero de novo os caminhos do teu corpo encontrar,
A saudade é uma pedra, um diamante que só o teu amor pode quebrar.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Definições do abstrato

Paixão é agonia que não maltrata,
Maldade que não se retrata,
Razão que não funciona,
Saudade é aflição que aprisiona,
Sina de quem abandona,
Destino fatal de quem ama,
Ferida que a distancia inflama,
Doença que mata e tortura,
Mal sorrateiro e sem cura,
Poço sem fim de amargura,
Saudade é chorar com um retrato,
Dor sem alivio imediato,
É sorrir pra não chorar,
Prometer e não cumprir,
Tentar e não dormir,
Ter saúde e querer morrer,
Existir e não viver.

Vontade de esquecer

A madrugada me deixa ainda mais perdido,
As lembranças, o amor, a saudade, a nostalgia,
Hoje tudo são lembranças, memórias, sonhos,
Historias que insisto em lembrar, mesmo sem querer,
O certo seria voltar a viver, tentar esquecer,
O problema é o coração deixar de te amar,
Meu corpo deixar de te querer, deixar de lembrar,
Ele só se aquece com teu calor, sem você é só dor,
O torpor da paixão só sinto com você, só com teu prazer,
Hoje a dor da saudade é tão forte que não me deixa viver.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A cura

Estou disposto a te seguir, mesmo contra a corrente,
Mesmo sabendo que não sente esse amor que me devora,
Sigo não importa à hora, não quero mais saber de demora,
Quero viver esse amor como se fossem meus últimos minutos,
Abraçar-te como se a vida dependesse unicamente disso
Olhar teu rosto fosse a ultima imagem que conseguisse ver,
Beijar-te e sentir o gosto desse veneno do qual quero morrer,
A vida já não tem sentido, é um vazio que só você pode preencher,
Esse mal que a distancia alimenta, distancia essa que só aumenta,
A saudade é um câncer, o amor é a cura. O teu amor é a cura.

Poesia sem titulo XIII

Noite fria, assim como meu coração desde que você se foi daqui,
Às vezes uma simples noticia sua já faz a felicidade retornar,
Um doce momento, um frágil sorriso perdido em meio a tristeza,
Tristeza, melancolia, nostalgia, e outros sentimentos perdidos,
Lembranças dos bons tempos idos em que você aqui estava,
Saudade de tudo, até das ilusões e sonhos que minha mente criava,
De quando minha mão por seu corpo inteiro vagarosamente navegava,
Saudade dos planos, enganos, de tudo que ao seu lado nem vivi...
Você poderia ao menos uma vez acreditar que eu sou capaz de amar,
Assim seriamos enfim verdadeira e completamente felizes,
Assim amaríamos sem medo de sofrer, viveríamos para o amor,
Estrangularíamos a dor, assim, seriamos, enfim, um só.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tentei

Ainda não consigo pensar em nada que não seja o teu amor,
Passo o dia a procurar algo que enfim possa sanar minha dor,
Esse sentimento que teima em morar no meu peito dia e noite,
Já não posso lidar com essa saudade que vem como um açoite,
A paixão que domina meu coração passa bem longe do seu,
Essa negação alimenta a dor que sinto, é verdade, não minto,
O que quero é que teu coração seja meu, e o amor, enfim, nosso,
Tentei até te esquecer, fiz e ainda faço tudo o que posso,
Porem é mais forte que eu, minha razão assim desapareceu,
Traz teu peito, e no meu leito vem coroar esse amor que nasceu.

A doença e a cura.

A madrugada chega com resquícios de nostalgia do que nunca existiu,
A alegria que junto com você chegou, também se foi quando partiu,
O barulho que o silencio da sua ausência faz aqui é ensurdecedor,
A dor que meu coração já cansou de sentir, a cura que está em você,
Quando te vejo não esboço reação, seu olhar me priva dos sentidos,
Teu abraço, teu olhar, teu rosto, tua boca, é tudo tão inebriante,
Teu jeito apaixonante, a amiga que meu peito queria como amante,
Assim como o beijo que minha boca anseia agora e cada instante,
Os sonhos lindos que de tão repetitivos se tornaram torturantes
O destino fez os sentimentos se aglutinarem em amargura,
O amor virou doença, a saudade o sintoma, e o encontro à cura.

Eterno Retorno III

Essa cicatriz no meu coração com o teu nome estampado,
Quase posso sentir o seu lindo rosto em minhas mãos,
Todo o cuidado que tive em tentar te esquecer foi em vão,
A vida não é um teatro em que se julga a melhor atuação,
O coração caiu em mais uma armadilha, a do eterno retorno,
E mais uma vez vai se reerguer, mais uma vez vai amar, e sofrer,
Não adiantará fugir, não adiantará rezar, nem Deus vai te livrar,
O amor é como uma semente levada ao vento, semeada no coração,
E assim como na natureza não podemos impedi-la de germinar,
Também não podemos impedir o coração, caprichoso, de amar,

Confira também Eterno Retorno e Eterno Retorno II

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Atração

Sem querer te encontro, esse mundo de tão pequeno chega a ser cruel,
Teu sorriso encantadoramente lindo parece um convite ao céu,
Não consigo disfarçar, teus olhos atraem os meus, tua boca me chama,
Teu abraço frágil me sufoca, teu beijo em minha face toca minha alma,
Dou um afago em teus cabelos, por alguns segundos desligo-me do mundo,
Sei apenas teu nome, e também sei quero ir ao fundo dessa paixão,
Quero conhecer sua alma, ver se nela também há tamanha beleza,
Decifrar esse sorriso que me deixou sem reação, não pude parar de te olhar,
Esse corpo que me fez esquecer a razão, pensar no pecado, perder a noção,
A intensidade dessa atração me faz te procurar, sem saber o que esperar,
Quero tentar, mesmo em vão, buscar e quem sabe tocar seu coração.

Soneto Tristonho

Já não posso enxergar sem teus olhos, meu sol escureceu,
Você se foi quando meu peito já não podia te esquecer,
E eu fiquei aqui sozinho com esse amor que em você morreu,
Não posso caminhar sem ter você, assim não é possível viver,


Sem teus carinhos, sem teu aninho, sem teu calor, sem teu amor,
Tudo é nostalgia, tudo é descontentamento, aflição, tudo é dor,
A tristeza invade, o corpo fenece enquanto alma desconhece a alegria,
O que fazer se nunca mais pude ver aquela beleza que irradia,


Uso das letras tentando te conquistar, inútil, o coração desaprendeu a amar,
Disfarço, mas de agora em diante o que resta ao meu coração é chorar,
Lutar contra essa dor já não posso, é tudo em vão, luta sem precisão,


Olho teu retrato, e apenas maltrato o já quase despedaçado coração,
Que não bate sem que procure o teu, que não sente mais nada, só saudade,
Ter-te ao meu lado não é apenas querer, vontade ou ambição, é necessidade.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Poesia sem Titulo XII

Tento disfarçar, fingindo calma ao te encontrar,
Enquanto aqui dentro tem uma bomba para explodir,
Perto de ti quase me perco, não sei como agir,
A verdade é que só com você recupero a sanidade,
Encontro a perdida felicidade, sei o que é alegria,
Esse sentimento que te acompanhou quando saiu,
Que de tão rarefeito nem parece que um dia existiu,
Ao te tocar posso novamente sorrir, e ao ver teu sorriso,
Tenho tudo o que preciso, tenho razão para viver,
Se ainda sonho, é para um dia, ao seu lado, eles realizar,
Se ainda vivo, é na esperança de te reencontrar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Soneto à paixão

Madrugadas frias lembram-me do teu calor esmagando a saudade,
Dias quentes, lembro dos teus beijos refrescando um pouco a ansiedade,
A insônia é minha companheira, e nem nos sonhos posso te encontrar,
Passo os dias lentamente na esperança de um dia poder te amar,


Desabafo no papel e cada linha transparece o sentimento exacerbado,
Essa dor em meu coração parece inflamar mais a cada momento,
Não há como dominar a paixão, esse sentimento descontrolado,
Já disseram ser uma ferida que dói sem doer, uma desejo sem cabimento,


Na verdade ninguém conhece a profundidade dessa dor, tampouco sua cura,
Tento disfarçar, mas já estou completamente entregue a essa altura,
Vivo como se morte tivesse chegado, sem razão, sorte ou esperança,


Mesmo assim não me entrego, tenho sonhos ingênuos, feito uma criança,
E desejos luxuriosos que se renovam e em minha mente fizeram morada,
Alimentam a saudade, me fazem querer mais e mais que seja minha amada.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Teu sim

Escravo desse amor agora sou,
Sem você nem mesmo sei onde estou,
Perdido seria uma definição simples de se dar,
Porém mesmo o perdido está em algum lugar,
E o meu é do teu lado, pode apostar,
Quero ser teu passado, presente e futuro,
Tua meiguice, teu sentimento mais puro,
Viver cada momento seu, morrer para dor,
Mostrar-te todo o torpor do meu amor,
Sentir teu calor, ser a brisa que extingue o teu,
Vem, acaba com o inverno que virou meu coração,
Não agüento o teu não, quero ouvir teu sim,
Vem e me tira desse inferno que é viver em vão.

Um triz

Minha alma se ilumina ao te ver,
Meu coração se ensandece de alegria,
O mundo inteiro fica mais bonito,
Tua voz é como um rito de amor,
Teu toque na minha pele um torpor,
Estou por tua beleza enfeitiçado,
Desesperado para enfim te ter,
Às vezes o destino quer uma chance,
Quem sabe é essa, quem sabe é agora,
Quem sabe é a hora da nossa felicidade,
Talvez seja agora o tempo de ser feliz,
Não queira perder esse amor por um triz.

Sua Lembrança

Seus olhos já não estão aqui perto dos meus,
O amor morreu, a dor venceu, não há nem compaixão,
A nostalgia expulsou a alegria, e aqui mora,
Teu rosto ainda tatuado em meu coração,
Em distância, saudade e melancolia me resumo,
Envolto na dor, não sei se fico ou sumo,
Mesmo sabendo que não tenho para onde ir,
Meu destino será sempre te seguir,
Minha alma foi-se contigo embora,
O tempo sem misericórdia me escraviza,
Passa devagar, tentando minha dor aumentar,
Como se fosse possível esse suplicio magoar,
Como se o martírio já não fosse suficiente,
Como se essa aflição não fosse latente,
Como se tua imagem não fosse presente.


11/02/2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ato involuntário

Pra mim já virou rotina conviver com a sua lembrança,
Pensar em você já é um ato involuntário de minha mente,
Como os movimentos desse maldito coração fraco,
O amor é um sentimento tão falho que sufoca a razão,
Ele a adormece de uma forma irreversivelmente arrasadora,
Destrói qualquer outro sentimento que ouse com ele lutar,
Hoje sua imagem não sai dos meus sonhos, é quase real,
Quase posso te tocar, quase consigo sentir teu perfume,
O que maltrata é que tudo é tão incerto, tudo é tão quase,
A vida é muito curta para se desprezar um amor assim,
A verdade é que a alma chora quando se nega a paixão,
Os sentimentos se misturam transformando-se em saudade,
Fazendo com que a tua presença seja uma necessidade,
Não sei se é contradição te amar, o que sei é que te amo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Soneto Nº 76

Meus sonhos me maltratam, a realidade me faz querer desistir,
A cada dia sinto que só com você saberia realmente aonde ir,
Sinto-me perdido, triste, só e esquecido, sem razão de ser,
Você traz a vida, e desde que se foi vejo minha alma morrer,


Cada segundo sem você é triste, sem razão, um tempo perdido,
Meu lar sem você é menos que nada, um ninho de amor esquecido,
O luar outrora símbolo maior do nosso amor hoje traz a nostalgia,
A tristeza invadiu e ocupa tudo o que havia, era você era a alegria,


Na guerra contra a saudade eu já perdi tudo, inclusive a sanidade,
Você se foi e levou o sol, sua ausência trouxe a tempestade,
Chuva que sem seu calor é mais forte e devastadora que um furacão,


Quando aqui estavas, mesmo de longe, acalmava meu coração,
A nostalgia é tão grande que nos sonhos quase posso te tocar,
Já a esperança é tão ínfima que é uma utopia querer te amar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Tempo Falso

Quanto mais o tempo vagarosamente passa, mais ele me engana,
A razão teima em dizer que ele um dia me fará te esquecer,
Porém ele inflama ainda mais a saudade e não me deixa viver,
O coração mostra quem manda, e essa paixão incendeia,
Amor, essa teia cruel que inesperadamente me prendeu,
Fez com que meu amor fosse teu, mesmo estando longe,
Fez com que a saudade e a dor fossem minhas, e não suas,
A vida é má, com suas lembranças torturantes do que é te amar,
Os poucos instantes junto com você ainda me fazem suspirar.
Quando o amor é sincero o tempo não é um remédio nem paliativo,

Soneto Nº 75

Você é tão linda que pensar em você já é olhar para a felicidade,
Seu olhar sereno que me faz contemplar a paz e a tranqüilidade,
Teu toque me mostrou o paraíso, e hoje era só o que precisava,
Hoje é muito difícil não te ver ali onde até a pouco você estava,


Você saiu do meu convívio e entrou de vez no meu coração,
E nele fez morada, fazendo com que ele não seja só um vão,
Andamos juntos, mesmo não estando na mesma estrada,
Quero ser teu amigo e amante, te ajudar nessa caminhada,


Esse destino errante um dia se consertará, é o que espero,
Mesmo que já cansando de esperar, você é tudo que quero,
Teu abraço, tua voz, teu toque, teus beijos, teu calor, teu amor,


É Pena que fiquem apenas nos meus sonhos, aumentando a dor,
E eles, traiçoeiros que são, me fazem te querer ainda mais,
Teu amor é um navio perdido, que um dia aportará no meu cais.