sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O verdadeiro amor

O amor morreu.
Cedeu as diversas dores que o fizeram entristecer,
Caiu no doce veneno do abandono, no calor do outono.
Estou triste?
Não, o amor sempre morre, e às vezes nunca nasce.
E ele arde como paixão, nasce e morre no ódio.
Conserva-se no desespero da ausência do outro,
E deixa de existir mesmo na mais sublime presença.
O amor é infame até nos momentos mais nobres.
É mentiroso, ardiloso, sem princípios.
É maquiavélico.
Traça planos com novos corações, sufocando os antigos.
O amor é doloroso.
Os momentos de felicidade são só para nos confundir,
O destino real de quem ama é sempre o sofrimento.
Hoje invejo os animais, pois neles não há esse amor,
Só o puro instinto, o desejo da procura, não há tanta dor.
O amor sempre estraga, amarga, destrói.
omo diz o poeta, o amor come tudo o que é bom,
Não há nada de bom no amor, do fim ao inicio,
Não ame, não seja amado.

O destino dos amantes

Meus olhos molhados demonstram a dor que sinto,
Meu coração enobreceu, e há muito tempo já não minto,
Vejo nossos corações separados, e inebriado adormeço,
Tento, penso, morro, nasço, mais nem por um segundo esqueço,
Os teus olhos estão fixos nos meus, já não vejo mais nada,
Minha felicidade que sublime era, agora foi brutalmente ceifada,
A tristeza é um dom de quem ama, é o destino dos amantes.
Eu com tamanha dor, e na rua vejo casais com amores vibrantes,
Viver é amargura, é solidão, é oitavo circulo com toda a sua força.
O conselho que não consigo seguir, e dito por todos, desista dessa moça,
Mais tua boca era o que me guiava, e nosso amor me sustentava,
Teus braços eram o meu refugio, hoje só estão em meus sonhos irreais,
Nada, isso é a minha definição, simples e real, realidade perversa.
Depois que você saiu nada é igual, minha calma se tornou adversa.

A arte de esquecer

Permita-me te esquecer,
Já não quero mais sofrer em vão,
Olhar nos teus olhos e ver a ilusão,
Sentir que amado já fui,

Minha amada, a chama que reduz,
O teu sentimento fugaz que me engana,
O lugar na minha cama,
O vazio do meu coração,
Chorei sem ver que cresci,

A esperança que eu tinha morreu,
Meu céu se entristeceu,
A lua chora, pois lá se foi um grande amor,
A paixão foi por ti sufocada,
A silenciosa arte de esquecer quem te ama.

Soneto a solidão II

Desabafo nas folhas brancas que estavam amarelas de tanto eu te querer,
Agora escrevo com a inspiração dos antigos boêmios, na solidão de não te ter,
As frases são simples, as rimas pobres, mais meu sentimento é puro,
Puro amor, saudade e paixão, mais nada que derreta esse teu coração duro,

Você se foi, e com você foi junto tudo o que amava, agora sou só tristeza,
O que quero é só você, nada mais, mesmo você vindo com sua aspereza,
Nada mudará o presente, nem nosso passado, queria você no futuro.
Tenho saudade do torpor do teu beijo, a luz do teu olhar que me tirava do escuro,

Vejo os dias passando, e você sem chegar, ainda aguardo você voltar,
Amigos dizem que é angustiante, mais assim mesmo continuo a te esperar
As recordações reascendem minhas esperanças, e a cada segundo te espero

Sua ausência é o vazio que sufoca, e a dor que domina tudo o que penso,
O tempo vai passando, e você não esta aqui, isso me deixa muito tenso,
Suas caricias, suas palavras certas, não me vejo sem, por isso ainda te venero

Soneto a desespero

O desespero angustiante de não mais contemplar teu rosto,
Seguir no caminho de não estar contigo, queria o oposto,
Estar do teu lado, concentrar meus braços em um só canto,

Dirimir a saudade que sinto, e assim controlar meu pranto

Sigo em uma vida morta, um nada, sem a menor ação,
Angustio-me em não sentir tua cabeça em meu peito
Sinto que já não verei tua imagem em meu leito,
Já não há mais nada que possa me acalmar o coração,

A distância é tudo o que tenho, o silêncio é a maior companhia,
Sigo assim sem mais nada a querer a não ser você, e não te tenho,
A saudade dos bons momentos é minha única garantia

Tento te reconquistar, trago o peito aberto, é por isso que venho,
Tento em outras moças, mais meu seleto coração só quer o teu
Mais você esta fria, o gelo apagou o calor que tinha, o amor perdeu