sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ele morreu de amor

Ele morreu de amor!
Seu corpo já não tem a alegria de outrora,
Já não tem riso na alegria, choro na dor,
Não olha mais nada, já não vê cor,
Nem nada tem, não há nada o que procurar,
Nada o que dar, o que oferecer nem o que pedir,
Antes ele era tudo, tudo para ela,
Dava tudo, tinha tudo,
Hoje ele é um nada. Nada para ninguém.

Ele morreu de amor!
Deixou que a coração pedra virasse
Não deixou que seu sentimento vingasse,
Que ninguém seu amor achasse,
Já não tem a quem amar,
E nada fez para esse quadro mudar,
Viveu o que pôde, amou o que pôde,
Ele era a extensão do amor que víamos,
Hoje ele é um corpo, um mero punhado de átomos,

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Soneto ao falso sentimento

Sempre que te olho, vejo o amor, a felicidade me toma,
É sempre a tua presença que a alma e o amor inflama,
Quando olho para o jardim, nele não está aquela bela flor,
Observo o céu, até ele parece se compadecer da minha dor

O sol está mais triste, não ilumina mais um grande amor,
Não há paixão, apenas vê um coração que só sente rancor,
E uma alma desolada, sem razão, sem ter nada a esperar,
Um coração desabrigado, que não tem ninguém a amar,

Só existe a desilusão de ter entregado erradamente o coração,
Ter dedicação a quem não merecia nem desprezo, desolação
Lembro dos momentos felizes, eles mereciam ser esquecidos

Sem você espero ter novamente a felicidade dos tempos idos,
Não terei mais teu calor, nem teu falso amor, teu sentimento banal,
Só terei a tristeza e o desespero, mas ao menos será tudo real.

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Samba pra distrair. IV

Beco sem saída
Sílvio César

Ah! Quanta amargura no seu peito
Não está direito
O que você me faz, não tenho paz
Quanta emoção, quanta aflição, ingratidão
Meu coração já não agüenta mais

E agora, sem você o que é que eu faço
Onde eu jogo o meu cansaço
Quando eu quero descansar
O que é que eu vou fazer da minha vida
Nesse beco sem saída, que você quer me deixar

Já fiz meu travesseiro do seu braço
E agora o que é que eu faço, pra me desacostumar
Você não vai ficar fazendo graça
A uva também vira passa, você vai se machucar.


Lindo samba que ficou conhecido na voz do saudoso Noite Ilustrada, cantou que imortalizou grandiosos sambas, teve seu auge com o samba "Volta por cima" sempre cantou um estilo bem parnasiano, do jeito que eu gosto..

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Soneto Nº 53

Às vezes olho pra você e não consigo definir se é real,
Tento inibir a emoção, acalmar o coração, não há nada igual,
Olhar nos teus olhos e me ver, reforçando nossos laços,
Sempre que tento fugir é em vão, acabo sempre nos teus braços,

E deles não quero sair, reprimir esses desejos seria loucura, insensatez,
Um conselho: esqueça do mundo e se entregue a esse amor de uma vez,
Sua infinita beleza é a realeza a qual quero servir, teu corpo quero seguir,
Nele me perder, tua felicidade encontrar, teu abraço para sempre sentir

O caminho que juntos traçamos, juntos seguiremos sem nunca vacilar
Esse olhar que me enfeitiçou há tempos, hoje não consigo te deixar,
Meus olhos são teus amantes, sua beleza é o mar onde me afogo,

Não posso te perder te quero para sempre, a deus só isso rogo,
Quero te amar, te servir, buscar tua felicidade, ver sempre teu sorriso,
O que meu corpo quer e meu coração espera, teu beijo é só o que preciso.


Fazia até um tempinho que eu não postava nada...
"O poeta escreve suas dores"
então, eu não tenho o que escrever.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Soneto Nº 52

Na vida eu tenho muita sorte, porque tenho você, és a minha realeza,
Por mais que seja forte, para mim é sempre minha florzinha indefesa,
Meus sentimentos agora vejo com clareza, é o amor suplantando tudo,
Diante da tua beleza saio de mim, não penso em nada, chego a ficar mudo,

Embriagado com teus carinhos eu sigo nessa jornada delirante de emoções,
Não sei se existe um deus, caso exista, foi ele que juntou nossos corações,
Sonetos e mais sonetos não conseguem traduzir o que sinto, é celestial,
Ao passo que o desejo carnal que sinto por você é quase sobrenatural,

Esses anseios volúpiosos, que nosso abraço desperta mesmo sem querer,
Andei a esmo pelo mundo procurando o amor, eu não queria perceber,
Que era você que eu procurava, minha alma gritava, meus olhos não te viam,

Também não via que são teus olhos que há muito tempo me guiam
Beijei-te quase sem querer, e hoje mesmo que queira não consigo te deixar,
Depois de te beijar, estou quase enfeitiçado, não conseguiria deixar de te amar.

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Saído do forno agoraaa =D

Poeminha sem nome III

A tristeza já não me consome mais,
A nostalgia não se faz tão presente,
Recuperei o que me era antes ausente,
O teu navio aporta de novo no meu cais,
Posso viver novamente na sonhada paz,
Sou feliz, já que novamente aqui estás
Tinha a tortura dos longos dias de solidão,
Agora tenho você que me acalma o coração,
E estou sempre pronto para os males que virão,
Até a poesia recuperou a sua razão perdida,
O samba voltou a ter melodia, a ter vida,
O sol pode brilhar, já tem a quem iluminar,
A lua é a única triste, já não é a mais bonita,
O gelo derreteu, o fogo voltou a arder,
Hoje novamente tenho razão de ser,
Não ando mais tão triste e perdido,
Pela dor sendo arduamente consumido,
Agora só a flores no meu caminho,
Sim, contigo nunca estou sozinho,
Com você minha flor, não há espinho,

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Amor presente (Republicação)

O amor tem que ser maior que tudo,
E se ele for realmente amor, ele será

Se ele for esse nobre sentimento,
Ele só demonstrará contentamento,
E nem por um breve momento,
Na monotonia mundana cairá
Se não for um breve engano,
Se não for nada profano
Ele nunca sucumbirá
E a dor do seu mundo curará

Quando o amor se faz presente,
Ele se apodera da gente,
Reside no coração e na mente,
Não há como reprimir o que sentes,
Por mais que seus olhos não demonstrem
Seus atos, gestos e palavras o condenarão,
Todas as mentiras morrerão,
Ele jamais fenecerá,

É por mais que tente, é inútil tentar fugir
Tudo que fará é para você mesmo mentir,

Não ver o que vai ser impossível esconder,
Você pode com todas as forças tentar reter,
Mas no labirinto do seu próprio coração irá cair,
Até quando a poesia feita dele é inútil,
Quando pensas que seu sentimento é fútil,
Mesmo não querendo você se vê
Ao tentar falar ele te deixa mudo,
O amor tem que ser maior que tudo,
E se ele for realmente amor, ele será.

05/12/08
Uma das minhas preferidas.

Soneto ao reencontro

Estávamos tão perto... que quase não resisti ao te tocar,
Engoli a seco o gosto de minha tristeza de não poder te beijar,
Senti teu abraço, olhei nos teus olhos, me senti vivo, toquei a felicidade,
Mesmo que pra você tenha sido ago banal, mais um samba na cidade

Olhava-te tão linda e feliz, não tinha aquela amargura de antes,
Sem você a vida é escura, não tem mais aqueles momentos fulgurantes
O coração disparou, foi como da primeira vez, o sangue rápido circulava,
Mesmo que quisesse era quase impossível fingir que não te amava,

Só teu orgulho não via e a tua alma já não se encontrava junto a minha.
Não tens mais destino certo, um ombro para chorar o que há de mal,
Desapareceste de onde é teu lugar cativo, desviaste de tua rota principal,

Via-te feliz, e isso me alegrou, teu sorriso desvia toda tristeza que vinha,
Estava decidido a te esquecer, e novamente não sei se esse é meu destino certo
Nosso coração a milhas do amor de antes, mas ontem estávamos tão perto...

09/12/08
Não Publicado.

Soneto a solidão II (Republicação)

Desabafo nas folhas brancas que estavam amarelas de tanto eu te querer,
Agora escrevo com a inspiração dos antigos boêmios, na solidão de não te ter,
As frases são simples, as rimas pobres, mais meu sentimento é puro,
Puro amor, saudade e paixão, mais nada que derreta esse teu coração duro,

Você se foi, e com você foi junto tudo o que amava, agora sou só tristeza,
O que quero é só você, nada mais, mesmo você vindo com sua aspereza,
Nada mudará o presente, nem nosso passado, queria você no futuro.
Tenho saudade do torpor do teu beijo, a luz do teu olhar que me tirava do escuro,

Vejo os dias passando, e você sem chegar, ainda aguardo você voltar,
Amigos dizem que é angustiante, mais assim mesmo continuo a te esperar
As recordações reascendem minhas esperanças, e a cada segundo te espero

Sua ausência é o vazio que sufoca, e a dor que domina tudo o que penso,
O tempo vai passando, e você não esta aqui, isso me deixa muito tenso,
Suas caricias, suas palavras certas, não me vejo sem, por isso ainda te venero

Escrito em 09/10/08, publicado em 28/11/08