terça-feira, 26 de julho de 2011

Doce Amizade III

Meu pobre coração já é só metade, e a saudade corrói tudo o que ainda resta,
Saudade é uma emoção contida, sensação reprimida que não pode se libertar,
A morte é uma opção, se há outras vidas não sei, o que sei é que te quero nesta,
O tempo passa, a sol teima em nascer, a lua em se esconder, e eu em te amar,
Esse mesmo tempo carrasco, em conluio com o acaso, te joga pra longe de mim,
Amar-te não era uma opção, não foi uma escolha, e jamais pensei que seria assim,
Agora em ilusão, com alegrias que nem enganam a tristeza que aqui fez morada,
O destino brincalhão nos fez marionetes: amigos, confidentes, e agora distantes,
Às vezes também desisto, e penso que tudo deveria voltar a ser como antes,
Não sei se loucura ou não, ainda acho que devemos seguir juntos essa estrada.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Soneto Nº 74 (Ou minhas vontades)

Quero olhar nos teus olhos e ver o amor, te tocar e sentir o ardor,
O desejo invadindo meu corpo, delirar de paixão com esse torpor,
Tocar sua pele macia e assim ter certeza que não é mais um sonho,
Ser teu amigo e amante, ser teu amor sincero é só o que proponho,


Matar a vontade que tenho do teu beijo, esse ensejo da paixão,
Quem sabe assim sufoco essa saudade que lancina meu coração,
Essa cobiça desleal que minha alma tem de enfim juntar-se a tua,
E assim se tornar completa, pura, deixar de ser uma alma nua,


Quero ser o guerreiro que te protege e tira teus angustias e medos,
Ser tua mentira e tua verdade, desvendar todos os teus segredos,
Ser tua fome, tua comida, teu frio e teu calor, matar tua sede de amar,


Quero ser tua pressa e tua calma, viver nesse mundo sem desesperar,
Ser a tua saudade boa, o choro de felicidade, ser teu contentamento,
Fazer da vida uma eterna alegria, e ao mesmo tempo um só momento.

Ode ao sonho

Hoje acariciei teus cabelos, admirei teu lindo sorriso,
Tudo que era impreciso se consertou, estava no céu,
Tentei evitar, mas sua beleza novamente me enfeitiçou,
Afaguei sua face, vi que a perfeição pode sim existir,
Pude sair do marasmo, contornar um pouco a saudade,
Ver de novo o que era felicidade, era o fim da iniqüidade
Viajei pelo teu corpo, segurei firme a sua mão, te protegi,
Tu és o signo maior que me regi, então me reencontrei,
Acabei com a solidão, com toda essa dor que cerca,
Quase toquei o amor ao te tocar, o mundo parou de girar,
Seria tudo perfeito se não fosse mais um joguete do destino,
Mais um desatino cruel do amor, um sonho, um pesadelo,
Acordei e não te vi ao meu lado, era melhor não ter acordado.

Viver de Lembranças

Esse amor que duvidas que exista invadiu meu coração,
A saudade que não sei se sentes, domina minha alma,
Meus desejos contidos sufocam corpo, alma e mente,
Já estou cansando de viver de lembranças, de desejos,
Os dias sofridos passados longe de ti me fazem chorar,
Essa paixão inebriante me faz perder os sentidos,
Lembrar do teu sorriso é um misto de amor e dor,
Quando lembro, quase sinto teu abraço, quase ouço tua voz,
Por alguns segundos tenho a falsa sensação de felicidade,
Depois volto a si e me conformo com a infindável saudade.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A definição do amor

O amor é como uma guerra onde ninguém sai vencedor de verdade,
Mesmo quem diz que ganhou perde às vezes mais que o derrotado,
Nessa luta onde os guerreiros perdem completamente a sanidade,
Não há verdade nem mentira, não há futuro ou lembrança do passado,
O amor simplesmente faz tudo desaparecer, até as nossas forças de lutar,
Aliás, essas são as primeiras a morrer, desaprendemos tudo, menos a amar,
Qualquer tempo é uma espera infindável, a vontade é de unir os corações,
A saudade nada mais é que a alma pagando por não controlarmos as emoções,
Na verdade o amor é mal, sentimento nefasto, um vicio, doença contagiosa,
Não há antídoto ou remédio, nem como evitar essa droga pesada e perigosa.

Poesia sem Titulo XI

Teu abraço ainda parece sufocar a saudade que insiste em maltratar,
O tempo parece que não passou, a paixão parece que não vai morrer,
A dor faz a esperança fenecer, a paixão faz a nostalgia reascender,
A amizade e a paixão tão distantes misturaram-se caprichosamente,
Infelizmente o destino não soube conspirar, a distância assim venceu,
A saudade ameaça a sanidade, as lembranças insistem em afrontar,
O desejo dos teus beijos, a vontade do teu abraço, o anseio de te amar,
Tudo isso só me faz suspirar e pensar que meu dever é te conquistar,
Fazer do teu coração minha moradia, me aquecer com o teu calor,
Nesse torpor, fazer você ver que tua boca é a morada dos meus beijos,
Teu corpo é a realização dos nossos desejos, teu olhar é meu norte,
Enfim te ter por inteira, e quem sabe assim deixar de preferir a morte.

sábado, 16 de julho de 2011

Minha cura

Distância, esse torturante estado que alimenta minha ânsia,
Ânsia de te ter, de te beijar, de você ser minha, de ser teu,
Meu coração aprendeu a te amar, esqueceu do mundo,
Teu abraço forte me deixou sem espaço pra pensar,
Amar foi mais que uma opção, uma inevitável ilusão,

Hoje a maléfica saudade maltrata meu já surrado coração,
Em vão sigo nessa vida sem ter um norte, um guia, um amor,
Sem você o céu tem a mesma cor, o samba é descompassado,
Meu sorriso é um pretexto desanimador, o teu é minha única cura,
Esquecer é uma opção, triste é que já não tenho escolha a essa altura,

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Soneto Nº 73

O amor nos fez dar as mãos, e a amar estávamos dispostos,
O destino nos fez andar em caminhos cruelmente opostos,
E caminhar sem você é viajar pelo vazio, morrer em vida,
Cair no abismo, me perder e em vão procurar uma saída,


Esse amor amigo, amor amante que não me deixa um só instante,
Paixão constante que não me deixa esquecer seu semblante,
Teu sorriso, esse seu olhar que a paixão inocentemente despertou,
Infelizmente o mesmo irônico destino que te trouxe, te levou,


Transformou meus lindos sonhos em assustadores pesadelos,
Sua companhia, sua voz, sua presença, hoje são doces lembranças,
Poucos foram nossos momentos, hoje é impossível esquecê-los,


Essa paixão lancinante ainda mantém em mim inúteis esperanças,
O desejo de ter é calmo e paciente, a paixão é agitada e inquieta,
Esse curioso misto de sentimentos alimenta essa paixão secreta.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Soneto Nº 72

Não sei se amar é ser egoísta, o fato é que eu te quero pra mim,
Os sentimentos são tão confusos que não sei se já me senti assim,
Desejo teu beijo como o sol ilumina o dia, intensa e lentamente,
O tempo, caprichosamente, desenhou teu rosto em minha mente,


Quero chamar a tua vida de minha, o seu amor de meu,
Dizer que tudo o que sinto é seu, é pura e simplesmente teu,
Teu corpo ausente, tua lembrança presente, brincadeira do amor,
A saudade é tão forte que esqueci como é viver sem essa dor,


A nostalgia fez morada, foi a primeira que chegou quando você se saiu,
A paixão nasceu sem querer, hoje o amor preenche tudo o que tinha,
Esse amor que tentei te mostrar nas entrelinhas e não sei se você viu,


Agora sei que foi inútil dar asas a uma paixão que era só minha,
Desistir sem tentar não faz sentido, é como viver sem respirar,
Pediria que ficasse, mas você nem chegou a vir, só me resta esperar.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Três desejos

Coragem,
De perceber que teu rosto não é apenas uma miragem,
De enfim mostrar todo esse sentimento memorável,
De pensar que teu beijo não é uma utopia inalcançável.


Sentir,
O teu cheiro, e não mais apenas vislumbrar nos sonhos e ilusões,
O teu amor, e não apenas a saudade que matou nossos corações,
O teu calor, e assim deixar pra trás esse frio que tudo dominou.


Mostrar,
Que meu amor não é apenas um mero engano, e que ele fincou raízes,
Que a vida tem para nós um plano, um plano para sermos felizes,
Que posso ser tudo que você precisa, e que você vai precisar.

Querer

Sonhar pra mim virou um mero engano, ilusão sem par,
Quero te decifrar por inteira, não somente te desejar,
Quero sentir saudade sabendo que vou te reencontrar,
Ouvir você dizer que o amor não está só em mim,
Que também sente, deixar de viver esse amor ausente,
Conjugar o verbo amar no presente, e você estando presente,
Viver para você, de agora em diante ser amigo e amante,
Fazer cada instante ser lembrado pela eternidade,
Só queria um pouco do seu coração, já que tens o meu.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Feito para amar

A delicadeza do teu olhar sobreposto ao teu jeito de mulher,
Sinto a pureza até quando me deseja e diz que me quer,
Visito o paraíso quando, dentre tuas pernas, acabo com meu desejo,
O mundo simplesmente desaparece no momento que te vejo,
Quando te toco, quando te dispo, quando sinto teu sabor,
Quando me delicio com teu beijo, quando provo do teu torpor,
Quero sempre essa luxuria, quero para sempre sentir esse ardor,
É tudo tão mágico que o mundo inesperadamente para de girar,
Teu corpo, teu rosto, teu beijo, teu sexo, tudo feito para amar.

Poesia Sem Titulo X

Saudade é uma violência do seu coração,
Ainda ontem podia ao menos te olhar,
Hoje, infelizmente, mal posso te desejar,
Desatento com o mundo me atentei a você,
Tentei fugir, tentei correr, mas cai no teu olhar,
Nessa vida onde até o amor tem pressa,
Eu vagarosamente por você me apaixonei,
Em meio a muitas paixões o amor surgiu,
Foi tudo tão rápido, tão inesperado,
Tão inóspito, tão fugaz, tão desesperado,
Que até pensei que dele poderia me livrar,
Porém me enganei e só consigo te amar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Soneto Monóico (ou Soneto Nº 72)

Na verdade não há com te ver sem te tocar,
Sem pensar nos meus braços a te envolver,
Assim, sem perceber viajo no teu olhar,
E então percebo que nele quero viver,


A dualidade que nos cerca, porem sem dor,
Juntamos o calor infernal da luxuria humana,
Com a serenidade celestial do nosso amor,
Só você desperta essa paixão que me Inflama,


É com adoração que admiro teu corpo desnudo,
Navego nas tuas curvas e assim esqueço-me de tudo,
É com torpor que me embriago no teu cheiro,


Então sem pensar em nada me entrego por inteiro,
Dentro de ti vejo os olhos da paixão e isso me faz renascer,
Viajo aos céus quando te vejo assim, sufocada de prazer.

Ode ao fim do amor

No inicio o amor tudo dominava, uma alegria infinita,
Você se foi, o mar de amor secou, não há mais vida,
Hoje a nostalgia aqui faz morada, tristeza desmedida
E agora como dizer quem foi o culpado? E agora?
Como culpar o acaso pelo nosso destino inesperado?
Não há vencedores nessa guerra, e só o amor perdeu,
No combate entre e o amor e o ódio, a desilusão venceu,
Minha alma molhada em prantos vê a sua chorar, é o fim,
Vida injusta onde sempre é assim, ao amor não se diz sim.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sentimentos

Das coisas que guardo do mundo, para não me magoar,
Como o amor desmedido que sinto e não posso te falar,
Esse desejo do teu beijo que tenho e não posso nem te tocar,
A paixão que eu pensei que rapidamente iria se acabar,
Mas que a cada dia só faz meu peito mais e mais sufocar,
Meus sonhos, devaneios que só o amor pode contestar,
Só o tempo pode, quem sabe, me fazer esquecer,
E só sua presença, teu calor, podem fazer esse frio fenecer.