quarta-feira, 11 de junho de 2008

Soneto Nº 28

O teu cheiro, tua imagem, são coisas que em minha mente não se medem,
São pequenos sinais de mais uma de nossas sufocantes noites ardentes,
Nossos corpos entrelaçados no amor vislumbram a alucinação do éden,
Percebo o amor em teus gestos mais profanos, eu sempre sei o que sentes,

O desejo acolhedor da vida já não é suficientemente salvador,
E agora viver não é mais o que necessita meu pobre coração,
Tudo que tenho é o nada, e o que me sobra é a pura dor,
A ausência é o mar onde me afogo e você sempre traz a salvação,


Eu queria morrer no teu ventre, e que sempre ao meu lado você estivesse,

Tenho-te ao deus que não conheço como uma única e estimada prece,

E dele espero essa dádiva, nada questiono só peço sempre ter você,


Torturo meu batido coração e pergunto-me se em mim você crê,

Esse amor infindável que sinto amor fulgurante, o belo ato de amar.

Sinto tuas mãos acariciando meu corpo, e em nada mais consigo pensar.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Nós

Meu contentamento é te ter ao meu lado, te amar,
Sentir as formas que teu corpo tem, contempla-las,
Como um servo que não se cansa da servidão total,
Um vassalo de seus beijos, escravo de seus carinhos,
O mundo se torna apenas coadjuvante diante de ti,
Nada pode ser mais amável, nada é mais bonito,
A perfeição do teu olhar se confunde com o amor,
Não há distinção entre nós, os corpos se procuram,
A união perfeita, o sentimento que reverbera o prazer,
O possuir não existe mais, nossos corpos em uníssono,
O prazer é a única lei, a sinceridade comanda os atos,
Um laço de união inatingível se forma, e nada o quebrará,

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Te Amo

Te amo desde o primeiro ao ultimo raio de sol que contemplamos,
Te amo também quando não há sol, e quando a lua é companheira,
Te amo quando a lua some, e quando ela embeleza nossas noites,
Te amo com o frio dos dias escuros, e com o calor nos dias simples,
Te amo a cada dia de uma maneira, cada hora de uma forma,


O amor que sinto é real e sublime, sincero e mentiroso,

Um sentimento afim e desproposital, místico e sapiente,

O nosso amor é simples, mais não é fácil de entender,

Não há o que entender, basta viver sem contestar,

Para que perguntas, se as respostas estão em nossos olhos?


Teu olhar, esse farol que guia meu perdido corpo a perfeição,

Teu corpo é o lugar onde não desejo me ausentar,

Quero é me perder sem controle ou mapa e nunca mais voltar...



Sem periodicidade alguma agora, mais com a mesma emoção e amor de sempre...