quarta-feira, 11 de junho de 2008

Soneto Nº 28

O teu cheiro, tua imagem, são coisas que em minha mente não se medem,
São pequenos sinais de mais uma de nossas sufocantes noites ardentes,
Nossos corpos entrelaçados no amor vislumbram a alucinação do éden,
Percebo o amor em teus gestos mais profanos, eu sempre sei o que sentes,

O desejo acolhedor da vida já não é suficientemente salvador,
E agora viver não é mais o que necessita meu pobre coração,
Tudo que tenho é o nada, e o que me sobra é a pura dor,
A ausência é o mar onde me afogo e você sempre traz a salvação,


Eu queria morrer no teu ventre, e que sempre ao meu lado você estivesse,

Tenho-te ao deus que não conheço como uma única e estimada prece,

E dele espero essa dádiva, nada questiono só peço sempre ter você,


Torturo meu batido coração e pergunto-me se em mim você crê,

Esse amor infindável que sinto amor fulgurante, o belo ato de amar.

Sinto tuas mãos acariciando meu corpo, e em nada mais consigo pensar.

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