quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Soneto Nº 60

Quantas vezes disse pra mim mesmo que nunca iria desistir,
Já falei pra você, que meu caminho era pra sempre te seguir,
Desistir pode não ser corajoso, nesse caso é afogar as ilusões,
Sem querer pode ser o remédio para os nossos feridos corações,

Pense como olhar para o céu e não ver o mesmo horizonte,
Respirar fundo e não sentir o às vezes gasto e rarefeito ar,
Não é muito saudável beber sempre da mesma fonte,
Até o beija flor procura outros néctares, ele sabe voar,

Nós também devemos saber voar, e ir atrás de outras flores,
Sofrer por outros rancores, e até amar outros amores,
Assim como nada é imutável, o coração não ficará trancado,

Na vida sempre é preciso trocar o que está desgastado,
Consertar o que está quebrado, e quando não á restauração,
Recomeçar, olhar para frente e tentar renovar o coração.

.Arre diacho

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Soneto ao sonho (ou sonho em soneto)

Ainda ontem tive um sonho bom, nele ficávamos bem,
A vida não tinha escurecido, da tristeza estávamos aquém,
Via nos seus olhos o amor, sentia ele no seu abraço,
Não se via uma lágrima, só havia felicidade a cada passo,

Nessa utopia, nosso coração exalava a perfeita paixão,
Nessa noite fugi um pouco do açoite da realidade,
Tentei não acordar, queria viver pra sempre nessa ilusão,
A manhã chegou e eu só queria mais um pouco de felicidade,

No despertar, o sol não tinha luz, a cama estava vazia,
As lágrimas voltaram, procurei aquele sorriso que se via,
Até fechei novamente os olhos procurando de novo adormecer,

Mas meus olhos molhados não conseguiram de novo dormir,
Você quem dá cor ao mundo, queria dessa penumbra fugir,
Quero você de volta, ou quem sabe poder te esquecer.
.

No mundo caido

Sem você, perdi completamente o caminho,
As flores se foram e só me restou o espinho,
A falta do teu carinho, teu beijo, teu aninho,
O meu amor continua infinito, inalterado,
O seu chegou ao fim e só há sofrimento em mim,
Sem você tento seguir, e a solidão domina,
Lembranças que já não fazem sentido,
Só queria que daqui você não tivesse saído,
No mundo caído, do amor esquecido.

sábado, 7 de agosto de 2010

Presente

Rabisco teu risco procurando a utopia da perfeição,
Só não vi que você é o desenho perfeito, obra prima,
Peço felicidade e meu coração sempre mostra teu rosto,
O amor nos escolheu, e eu o eleito, faço desse amor a vida,
Peguei uma passagem só de ida pra nossa paixão,
Nessa viagem encontrei a razão da minha existência,
É o nosso jeito de amar, o nosso jeito de esquecer o mundo,
Basta um segundo, o tempo para, o coração dispara,
O corpo quase não reage de tanto prazer, é tão bom te ver,
Não te tenho aqui, mas te carrego nos sonhos, nos pensamentos...
Todos os dias, você está presente em todos os momentos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Soneto à pretinha

Meu coração reaprendeu a amar, e disso tinha enorme medo,
O amor nunca foi bom para mim, não queria sofrer tão cedo,
Mas você chegou com seu jeitinho, me deu tanto carinho,
Aprendi a não ser tão egoísta, já não sou tão mesquinho,

Você é tão linda que às vezes tenho duvidas se é mesmo real,
Seu olhar, seu sorriso, teu corpo, seus beijos, tudo é tão perfeito,
Todas as noites sonho com você dormindo no meu leito,
Quase posso ver você acordando com aquele sorriso angelical,

Dizendo “bom dia amor”, fazendo meu mundo completo,
Você comigo é uma benção, e é tão bom te ter perto,
Nunca quero te perder, seria ver meu mundo desmoronar,

Ele só tem razão quando se tem alguém a quem amar,
Só a sentido se for assim, quero que seja só minha,
Meu amor, minha lindinha, para sempre minha pretinha.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Monóico*

Estou completamente entregue, não sigo mais nem meus passos,
Quero pra sempre delirar nos teus beijos, me perder nos teus abraços,
Teu corpo é o meu desejo, o maior deles, o que não consigo fugir,
O meu vive ansioso por te encontrar, e o encontro é uma explosão,

Minhas mãos passeiam no teu seio, a paixão embriaga o coração,
Meus dedos por ti navegam, os corpos se esfregam, é a dança do amor,
A excitação invade, é tudo torpor, não existe dor, e o prazer é real,

A respiração fica incontrolável, o mundo para por alguns minutos,

O tempo passa e o corpo insaciável só pensa em mais prazer,
Depois de tudo, gritos e sussurros, idas e vindas, voltamos a viver.


Musica homonima de Nando Reis

Falta.

O vento toca sua pele, e dele sinto uma enorme inveja,
Ele não sente o amor que sinto, não merece tal privilegio,
Deixar um amor passar assim chega a ser sacrilégio,
Os dias passam, as horas se arrastam e você não está aqui,
E aqui também não há amor, e nem sinal de felicidade,
A solidão é minha melhor companheira, e só, permaneço,
Não é fugir, é que nada mais tem graça na cidade,
Você era a razão do meu riso, e agora do meu pranto,
Agora tudo são lagrimas, e rapidamente Feneço,
Inutilmente te chamo, preciso do teu acalanto,
Sua voz que penetra na minha alma como navalha,
Essa tatuagem que o teu amor no meu peito entalha,
“E meu coração segue, faltando um pedaço”
.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Errei

Errei,
Passei do ponto, dei um golpe na felicidade,
Despetalei a rosa que te dei, agi com falsidade,
Estou perdido, pois não quero apenas amizade,
Hoje arrependido não vejo mais nem cor no céu,
Não sinto o sabor da vida, tudo é um insalubre fel,
Sinto falta do teu beijo doce com sabor de mel,
Do teu abraço que abraça até a minha alma,
Tua voz que devolve e renova minha calma,
Você de volta, seria recuperar a felicidade ausente,
Os erros são passado, o amor, sempre presente.

Cor do pecado

Você foi desenhada para mim, para o amor,
Todos os detalhes, qualidades e defeitos,
Você provoca em mim os mais variados efeitos,
Sua cor do pecado, que me deixa fascinado,
Encantado, quase desesperado de tanta paixão,
Seu sorriso nada inocente, seu olhar quase indecente,
Sua voz lembra-me um anjo ao me chamar de amor,
Seu toque que me provoca incontrolável ardor,
Ao te ver, coração dispara e de paixão fico entorpecido,
Confesso que fico completamente perdido,
Emudecido, seduzido com tamanha beleza,
Só consigo pensar nos teus beijos e carinhos,
Esqueço de tudo, dos jardins, suas flores e espinhos,
Esqueço também a solidão que dominava meu coração,
Hoje não há nada a não ser o amor, a paixão.