Quase dezembro

Não dá, não aguento mais te esperar,

E você já esperou muito, até demais,

Nosso amor nunca foi dos normais,

Sei que sofreu muito sem merecer,

Mas nosso amor nem morreu e já renasceu,

Nossa dor nem cicatrizou e pro amor perdeu,

A saudade sempre bate e a gente apanha,

Qualquer outro carinho nosso corpo estranha,

Tudo que não é nós o coração rejeita,

Nada é real, todo o resto é ilusão,

Só a gente faz bater o coração, não adianta fugir,

Se não for pra se encontrar a gente não tem mais onde ir.

Saudade

Eu sou água. Saudade é mar.

Eu sou vento. Saudade é furacão.

Eu sou luz, calor. Saudade é sol.

Eu sou queda. Saudade é precipício.

Eu sou letra. Saudade é poesia.

Eu sou silencio. Saudade é grito.

Eu sou vida. Saudade é morte.

Eu sou nada. Saudade é tudo.

Eu sou amor. Saudade é você.

Não é pretensão

Ultimamente só tenho pedido pro tempo passar,

Por que sei que o amor vai fazer você voltar,

Não é pretensão, é que conheço teu coração,

Nossa paixão não é de hoje, nem de ontem, é de sempre.

Nosso amor é real, a saudade também,

Sei que tu sente, assim como eu sinto, essa dor,

Também sei que mente quando diz que acabou,

Sem você nada importa, nem quero saber onde estou,

Pois sei que continuo onde nunca saí, no seu coração.

Soneto 79

O tempo  é perdido, não importa,

O medo sentido fecha a porta

Morta fica a vontade de viver,

Fraca é a vontade de esquecer,

Esperamos muito e o sentimento resistiu,

De nada adianta fugir, a vida nos uniu,

A dúvida vencerá o medo, não é o fim,

Você verá que o amor venceu, enfim,

A parede parece ser grande, invencível,

Mas o amor é maior, incomparável, imbatível,

-Quero te amar, te sentir, te seguir, onde for

Tua foto é o que restou, é o que dá a minha cor,

Teu sorriso, mesmo de longe, é a minha vida,

Tento, mas consigo. Sem você não há saída

O que restar

Primeiro te desejei quando era errado te desejar,

Depois te procurei quando era errado te procurar,

Digo que te amo quando é errado te amar.

Mas me diz, quando mesmo é errado amar?

Quando é errado seguir o que o coração mandar?

Quando uma palavra vale mais que do realmente sente?

Quando tu acha que está feliz enganando o coração?

Vejo tua foto e teu sorriso parece o que há pouco eu despertei,

O abraço que vi nem de longe é parecido com o que a gente deu,

O beijo parece falso, uma cópia barata dos lábios meus,

Nossos corações permanecem juntos, mas os corpos separados,

Estes, mesmo longe parecem sempre entrelaçados,

O tempo é um detalhe quando já esperamos uma vida,

A vida parece nada quando sabemos que nosso amor é a saída,

Não acreditei na despedida, quando a vi teu olhar,

Já não tenho dúvida onde meu coração quer estar,

Vou te esperar, vou te amar, até sermos o que restar.

Viver é só um detalhe quando estou contigo,

Teu beijo é tudo que peço, é o preço da felicidade

Teu abraço é calor, e é a dor que me inflama,

Tua ausência é o vazio do meu peito que clama por amor,

Lembrar do teu sorriso é o pouco que causa o meu,

O poeta disse que viver é melhor que sonhar,

Mas como vou aceitar isso se só te tenho em sonho?

Neles a solidão ainda não tomou teu lugar,

A vida ainda não é tristeza que eu vivo a morar,

Ainda ontem te vi, mesmo sem poder te tocar,

Ainda ontem sonhei que podemos enfim, nos amar.

Enfim

Já estou exausto de não ter você

Nem faz muito tempo, eu sei.

Já me sinto esgotado de não te ver,

Ainda ontem te abracei, não esqueci.

Mas já estou cansando de não te sentir em mim,

Enfim,

Não te ter presente é me sentir ausente,

Cada olhar teu que não é meu um pouco de mim morre,

Um gole desce, o olhar se perde, uma lágrima escorre,

O coração apanha, o corpo estranha, já não sabe sofrer,

Rapidamente acostumou-se novamente a te ter,

Por pouco ainda sinto teu cheiro. Teu toque, você;

Por muito espero ser teu primeiro pensamento,

Assim como hoje, e ontem, és sempre o meu,

Minha esperança, assim como nós, pereceu.

Escrevo

Escrevo no escuro, para não olhar para o lado e não te ver,

Escrevo usando lagrimas como tinta, o que nem eu quero ler,

Escrevo com o coração sufocado, batendo triste, sem querer,

Escrevo lembrando da gente, já que não tenho como esquecer.

Escrevo palavras que tu dirias, imaginando tua voz ao meu ouvido,

Escrevo nosso reencontro, nosso final feliz, mas isso até eu duvido,

Escrevo acordado, pois dormindo você sem vem e já não quero sonhar,

Escrevo maldizendo o dia que te conheci, mas querendo para lá voltar,

Escrevo teu nome no papel, tentando apagar ele da alma.

Enfim

Já estou exausto de não ter você

Nem faz muito tempo, eu sei.

Já me sinto esgotado de não te ver,

Ainda ontem te abracei, não esqueci.

Mas já estou cansando de não te sentir em mim,

Enfim,

Não te ter presente é me sentir ausente,

Cada olhar teu que não é meu um pouco de mim morre,

Um gole desce, o olhar se perde, uma lágrima escorre,

O coração apanha, o corpo estranha, já não sabe sofrer,

Rapidamente acostumou-se novamente a te ter,

Por pouco ainda sinto teu cheiro. Teu toque, você;

Por muito espero ser teu primeiro pensamento,

Assim como hoje, e ontem, és sempre o meu,

Minha esperança, assim como nós, pereceu.