terça-feira, 9 de março de 2010

Soneto às mil e novecentas horas

Oh luz que penetra forte ceifando a malfadada escuridão,
Queria eu que com tal força tu trouxesse minha amada,
E acabasse com essa dor que consome meu pobre coração,
Talvez com tal ato, tu recuperaste minha alegria retirada,

Essa minha tristeza que você diz infundada, é real e completa,
Ela vem da alma, que só com você de felicidade ficava repleta,
Alma esta que hoje já nem consigo precisar se ainda existe,
Não há amor ou felicidade, somente a vida que ainda resiste,

Seus beijos eram meu alimento, e da fome do amor hoje padeço,
Não te culpo, afinal todo esse mal que sinto, certamente mereço,
Volta e meia meus pensamentos teimam em viajar, e toco sua face,

A saudade é um mal incurável, por mais que o tempo inutilmente passe,
Contáveis sorrisos nessas pouco mais de mil e novecentas badaladas,
E nesse mesmo tenebroso tempo, incontáveis lagrimas despejadas.

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