quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Horizonte

Procuro um horizonte obscuro, perdido,
Quem sabe até além da imaginação,
Mais belo ou lúcido que qualquer lugar que tenha ido,
Onde eu possa ir no sentido que quiser,
Na direção que houver, sem me perder,
E quem sabe assim me encontrar,

Já me cansei de procurar, perdi muito tempo,
Assim nem eu agüento,
Eu, que nunca desisto, que nunca me perco,
Cheguei a sentir, cheguei a tentar descobrir,
Mais agora perdeu a graça,
Porque é sempre assim?

Se antes queria ir, agora o gosto é ficar,
Se ficar dava a melhor sensação,
A estagnação é o que mais agrada,
O doce não tem mais sabor,
O perfume perdeu todo o odor,

Aquele horizonte obscuro,
Sim, aquele que se dizia um porto seguro,
Agora esta na imaginação,
Meu coração antes lúcido,
Agora teima em enlouquecer.

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