segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A procura

Me perdi, tentando te encontrar eu me perdi,
Observando nos lugares que sabia que você não estava,
Lançando-me nos vãos onde você nunca esteve,
Procurando sem êxito, em meio a sorrisos embebidos em lagrimas,
A falsa sensação de alegria que existia era tão frágil e inútil,
Servia apenas pra dar animo a outros para tentar me animar,
A minha busca estava longe de acabar,
E a cada dia te via mais e mais longe, acabavam as esperanças,
Pensamentos obscuros sem a menor sensação de alegria,
Os discos que ouvia, as sensações que sentia,
Tudo era só pra enganar o carrasco tempo,
Que só afligia, nunca ajudava, sempre lento,


Onde você estava? Parecia tão perto...
As vezes te observava, mesmo sem te ver,
Meu corpo te sentia, mesmo estando longe,
O que não sabia era nossos corpos não estavam juntos,
Nossas almas que entrelaçadas estavam,
União esta que nunca se desfaz, nunca acaba,
Agora as almas e os corpos em comunhão permanecem,
A vontade de sentir e de estar é tremenda,
Vontade do corpo, necessidade da alma,
Nossos corpos se desejam,
Enquanto nossas almas se completam,
E assim vivemos sem nada faltar.

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