Abri os olhos e ainda pensei que era sonho,
Observei com os olhos da contemplação,
Depois cheguei mais perto, e esquadrinhei cada curva,
E olhei com os olhos da admiração,
Tentei tocá-la,
E o céu parecia mais perto que a sua carne,
Mais mesmo assim, sem o medo da queda inevitável,
Com o afinco de um amante, novamente,
Tentei tocá-la,
Seus olhos eram a imagem mais perfeita que eu já vi.
Estava tão perto, contudo, estava tragicamente longe,
A força que usei para me aproximar foi à maior que usara,
O orgasmo interior, a duvida que se exteriorizava,
A canção que já não cantava,
O livro que já não lia,
A vida que já não vivia,
Você enfim se aproximou, e com afinco me beijou,
A vida que já não era nada, enfim tudo se mostrou,
O simples ato, o menor dos sinais, o sândalo se abriu,
E o amor nas entranhas imaculado, foi enfim despertado,
E assim fez-se a historia, sem enredo combinado,
E nos, meros coadjuvantes, onde o amor é ator principal.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Tentei tocá-la
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