Poeira da idade
João Nogueira
Volta quando quiseres
A porta está aberta
A casa é a mesma e uma coisa é certa
Como você deixou você vai encontrar
A cadeira de palhinha
Eu não tirei daquele canto que eu achava feio
E só para o seu espanto, o nosso guarda-roupa
Eu não mandei pintar
Não mexi no quarto dos seus santos
Nem nos seus retratos
Não toquei na tua roupa nem nos seus sapatos
Isso também vai encontrar como você deixou,
Na sala o sofá e o tapete estão do mesmo jeito
E a televisão como aquele defeito
Dá pra ver o futebol ainda nao pifou...
A cortina essa anda um pouco desbotada
E a minha cabeça meio esbranquiçada
É poeira da idade nao tem jeito de limpar
Tenho notado uma ruga bem pequenina no canto da minha boca
Mas em meio a tanta coisa isso é coisa pouca
È um traço que a saudade quis me desenhar
Ando levando os meus dias calmamente
Uma bebidinha ou outra como antigamente
Mas voce sempre soube disso e nunca reclamou...
Volta e vem ver como é grande essa verdade
Diz o dito popular o amor nao tem idade,
venha me encontrar do jeito que você deixou
.
é complicado...
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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