Enterrei um frio punhal em minha alma inundada do mais puro amor,
Dilacerei meu coração já quase abatido, meu sangue já envilecido
Agora não há mais quem me proteja da dor, quem seja meu norte,
Aço forte perfurou meu coração, a dor é minha nobre companheira,
Meu farol, meu guia, minha fortaleza, és só minha amada lembrança,
Sem motivo ou razão passo a viver, um céu sem sol, um jardim sem flor,
Aquela doce lembrança dos seus beijos transformou-se no pavoroso terror,
Meu malfadado tempo é desperdiçado com versos tristes a descrever minh’alma,
A vida hoje não tem o menor sentido, é uma luta vã, entre a dor e a compaixão,
A desilusão em meu peito se instaura, e sem você não vejo como sair desta,
Saber que foi eu o culpado, a torturante verdade que corrói o que ainda resta,
O que resta? Um olhar, um doce olhar que persegue minha lembrança,
A dona da voz para qual fraquejo, um doce beijo que motiva minha mudança,
O ensejo que devolve as já gastas e quase derrotadas dignidade e esperança,
Farei como na poesia, lembrarei só enquanto respirar, enquanto ver o sol brilhar,
Por essa terra eu puder andar, até quando meu coração tiver forças para te amar.
Parnasiano como nunca....
terça-feira, 14 de julho de 2009
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