quinta-feira, 16 de julho de 2009

Soneto à volta (ou Soneto a minha flor IV)

O que fazer para te esquecer já não sei, para não lembrar que em vão eu te amei,
Viver assim nessa sobrevida é a pena a qual fui condenado, coração dilacerado,
Agindo sem pensar a loucura me entreguei, perder-te foi o alto preço que paguei
Fui condenado à solidão, a pior das penas, por sua imagem sigo atormentado

Hoje me consumo na dor, me perco em inúteis lembranças, te persigo sem cessar,
Em sonho ainda te vejo com aquele sorriso pelo qual me apaixonei, chego a chorar,
Quando acordo e vejo a casa vazia percebo que você já foi, e que não voltará,
O que me move é a esperança que o dia em que você vai voltar chegará,

Não sei se estou sonhando com o impossível, o fato é que não desistirei,
Sonharei e pensarei que esse frio pesadelo vai um dia terminar, enfim acordarei,
Direi-te que você não saiu da minha cabeça um só instante, e que a dor era constante,

Não esbravejarei, recebê-la-ei como a filha pródiga que voltou naquele instante,
Direi que ainda a amo com mesma ou maior intensidade, e que te amarei seja onde for
No fim, olharei nos seus olhos e direi com amor: seja bem vinda minha flor.

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