terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Pranto do Futuro

Nas tuas mãos delicadas eu padeço,
Perto de ti era criança, agora cresço,
Teus olhos eram minha orientação,
Fantasiados de amor, agora são a perdição,
O futuro chora por que nele não estamos,
Não é bem o que sempre esperamos,
Os planos mudam, nada é eterno,
E não terei você a me aquecer no inverno,
Não ver nossos beijos é a ira dos querubins,
Já não existe motivo para tocarem seus clarins,
No olimpo todos choram, não há mais amor,
Só dor, onde era felicidade, não há nada onde tinha cor,
Nem a cidade foge do lamento, as luzes se apagam,
Antes iluminavam cada beijo, cada passo,
Agora não se precisa de luz,
Quem quer iluminar a tristeza que não reduz?
No vão do desespero ainda tenho esperança,
De enxugar o pranto do futuro, e voltar a ser criança.

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